Cartada da PT, denota a necessidade de capitalização das operadoras de celular para manter a expansão das redes e acompanhar o crescimento da banda larga móvel.
Com a crescente demanda de usuários de celulares e banda larga móvel, bem como as aquisições das companhias estrangeiras das brasileiras, as operadoras buscam soluções para vencer o mercado e se tornarem mais competitivas.
Atualmente, quem lidera o mercado de telefonia móvel é a Vivo, com 4.233 adições líquidas no primeiro trimestre de 2010. Em seguida, vê-se a TIM, com 3.310, depois a Claro com 2.111 e, por fim, a Oi, com 1.115. Esta última tem crescimento expressivo na região Sudeste.
O Brasil, por ser o país da América Latina que mais possui operadoras (ao todo são oito), teoricamente deveria ser o lugar mais competitivo também para estas. No entanto, há uma disparidade significativa, principalmente na região Norte e Nordeste, onde o alcance de muitas é limitado, ou seja, o serviço acaba sendo monopolizado e caro para a população. Isto se vê na aquisição líquida da Vivo (2.646) e da Oi (-51), por exemplo.
Em contrapartida, a situação se inverte quando se fala em outra região; no Sul e Sudeste, por exemplo, a Vivo obtém somente 706 aquisições, contra 928 da Oi.
A Vivo e a TIM detêm juntas 54,05% do mercado nacional, ou 99,2 milhões de clientes. A Vivo, atualmente operadora líder, possui 30,25% do total, enquanto a TIM tem 23,8%.
Veja abaixo a posição das operadoras, atualmente:
VIVO
A Vivo terminou o trimestre com 56 milhões de assinantes apresentando adições liquidas de 2 milhões de celulares e a base de GSM atingiu 50 milhões de acessos. Sua cobertura 3G está em 611 municípios e atinge 61,8% da população.
Recentemente a Vivo ficou entre a Telefónica e a Portugal Telecom por causa de suas ações, cuja sua mantenedora, a portuguesa, não queria vender por poucos milhões.
Mesmo com a transação, a operadora mantém sua intenção de lançar uma oferta pelo resto das ações ordinárias da Vivo, em torno de 3,8% do capital, por €800 milhões. Calcula-se que, com a integração da Vivo e da Telesp, a Telefónica se transformará na primeira operadora no Brasil em número de acessos, com 69,2 milhões no fechamento do primeiro trimestre de 2010; e por lucros, com 11,8 bilhões de euros em 2009.
CLARO
Diante deste quadro, a participação da Claro, no Brasil, na base de celulares e receita da América Móvil tem se mantido estável. No 2T10 os 46,9 milhões de celulares da Claro Brasil representavam 22,2% dos celulares da América Móvil e geravam 20,1% da sua receita líquida.
Segundo a Teleco, o desempenho da Claro pode estar sendo afetado pelo processo de fusão com a Embratel que deve ser concluído no início do segundo semestre.
TELEFÔNICA
A espanhola Telefónica informou que seu lucro líquido cresceu 16% no segundo trimestre, passando para €2,12 bilhões (R$4,85 bi), impulsionado pelo aumento da receita de seus negócios na América Latina.
No Brasil, a operadora espanhola superou os 71,3 milhões de acessos, 14,3% a mais, e fechou o primeiro semestre com receita de €4,877 bilhões (R$11,168 bi), crescimento de 1,5% em moeda local.
OI
Apesar da redução de R$ 50 milhões no lucro líquido do segundo trimestre de 2010 (fechou com lucro de R$ 440 milhões) em relação aos R$ 496 milhões do primeiro trimestre deste ano, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Oi, Alex Zornig, considerou o resultado da operadora positivo.
A companhia obteve R$ 600 milhões em sinergias no primeiro semestre e a meta para o ano de 2010 é de R$ 1,2 bilhão, informou Zornig. Ele destacou também a redução da dívida da companhia, que era de R$ 20,96 bilhões ao final de junho, uma queda de quase R$ 1 bilhão em relação a dezembro de 2009. Com isso, a dívida líquida da empresa caiu para 2,1 vezes o Ebitda no final do primeiro semestre.
TIM
Segundo uma fonte da empresa, faz tempo que os sócios italianos da TIM estão procurando sócios brasileiros, para continuarem atuando aqui em condições competitivas, uma vez que é um mercado de grande interesse para a matriz. Eles chegaram a manter contatos no governo para tentar uma composição, no entanto, ela ainda não foi possível, disse.
O governo negou qualquer participação direta nessa possível operação, ainda mais depois das negociações que envolveram a Portugal Telecom e a Oi.
A última aquisição da TIM foi a Intelig, com contrato fechado em março do ano passado. Contudo, a compra e início de operação só foram homologados em maio deste ano.
A receita da empresa no segundo trimestre deste ano fechou em R$3,318 milhões.
*Com informações da Teleco e agências.
Fonte: IPNEWS