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27/10/2007 - Novo contrato é opção mais visada

Empresas garantem muitas vantagens aos clientes, mas ainda esperam regras da ANS para ampliar os benefícios


Rio - A ANS estima que, até março, os aditivos aos contratos antigos estejam regularizados por norma. Hoje é permitido fazer esses contratos, pois entendemos que beneficia os consumidores. Mas estamos discutindo os detalhes técnicos e vamos publicar norma para não haver dúvida, promete Eduardo Sales, diretor de Fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Nós fazemos adaptação de contratos antigos. Mas estamos tendo pouca procura, pois as regras ainda não estão estabelecidas pela ANS. Nosso forte tem sido mesmo a migração, com toda a cobertura que a lei prevê. Em alguns contratos, o preço sobe apenas 10%. Mas a média é de 20%, diz José Carlos Mata Rodrigues, ouvidor da Golden Cross, que oferece redução de carências no caso da migração. A operadora tem 288 mil clientes no Rio.

A Unimed-Rio, hoje líder de mercado com 560 mil clientes na capital, tem o Programa Mundo Novo, que incentiva a migração de contratos antigos para novos. O programa foi premiado na última convenção nacional de todas as Unimeds.

A cobertura que oferecemos nos planos novos é muito maior. Conseguimos transferir 4 mil clientes. O objetivo é que a carteira seja composta só de planos novos, diz o o superintendente-geral da Unimed-Rio, Humberto Modernezzi.

Do ponto de vista financeiro, não vale a pena trazer todo mundo para os novos. Os aumentos, em média de 20%, não compensam os custos, pois a cobertura é muito maior. Gastamos mais do que ganhamos. Mas, do ponto de vista administrativo, é vantagem, pois é muito ruim administrar vários tipos de planos. Por isso, incentivamos a migração, diz Cláudio da Rocha Miranda, superintendente do Grupo Assim, que engloba a Assim Saúde, que tem 230 mil segurados no Município do Rio.

A Amil planeja lançar um pacote com vantagens aos que migrarem no início do ano que vem. Hoje, a operadora oferece apenas redução de carência para quem migra. Sul América e Bradesco Saúde, que já não oferecem mais planos individuais, só coletivos, não permitem que os usuários antigos migrem e ampliem a cobertura. A Sul América chegou a lançar um plano para migração em São Paulo, mas não tem previsão de trazê-lo para o Rio.

O Brasil tem atualmente 37,9 milhões de usuários de planos de saúde. Desse total, 4,5 milhões estão no Estado do Rio, 2,8 milhões na capital. Muitos — 1,7 milhão no estado, 1 milhão na capital — ainda têm contratos assinados antes de 1999.

OPERADORAS PARCELAM DÍVIDAS E DÃO DESCONTO

A inadimplência levou quase metade dos 2,4 milhões de usuários de planos de saúde individuais ao cancelamento, no ano passado. Relatório da ANS mostra que 1,1 milhão de pessoas (48,2%) romperam contratos com as operadoras. Do total, 419 mil (17,1%) preferiram mudar de plano. Foi o que fez o administrador Edson da Silva, 53, e a comerciante Maria Lucia Silva Botelho, 45.

Eles passaram por três planos diferentes e hoje pagam menos por mais cobertura. Para quem quer continuar na mesma operadora, o melhor a fazer é procurar a empresa, que geralmente prefere negociar a perder o cliente. A Unimed, por exemplo, parcela em até seis vezes a dívida do consumidor. A Golden Cross planeja lançar em breve o mesmo sistema de parcelamento. Hoje, oferece descontos para quem está inadimplente. Para não ficar sem cobertura, uma das alternativas é fazer um plano de co-participação, no qual o consumidor paga um valor mensal e contribui com parte de exames, consultas e procedimentos.

Cliente deve saber seu perfil

Antes de escolher um plano de saúde, a primeira providência que o consumidor deve tomar é determinar o seu perfil. Se costuma viajar, é melhor que escolha um plano com cobertura fora do Rio. Se não for o caso, pode ficar com um plano que tenha rede mais restrita, que sai mais barato, aconselha Eduardo Sales, diretor de Fiscalização da ANS.

Outro ponto é se há mulheres em idade de ser mães na família. Se tiver, é aconselhável ter cobertura em obstetrícia. Se o casal, por exemplo, achar que não terá mais filhos, não há por que ter essa cobertura, que também encarece, acrescenta Sales.

Outro motivo que torna os planos bem mais caros é o direito ao quarto particular. Na Golden Cross, plano individual para um adolescente de até 18 anos custa R$ 206. Se a opção for por internação em um quarto coletivo, esse valor cai para R$ 171.

Os contratos de planos familiares também costumam ser mais baratos. Assim como os coletivos, através de empresas, ou pelos chamados planos coletivos sem patrocínio, por meio de associações de classe, sindicatos e agremiações.

Como não cair em armadilha

Antes de fechar um contrato, o melhor é pesquisar muito. Após escolher a empresa, é aconselhável conferir se o CNPJ da operadora está registrado na Agência Nacional de Saúde. Através do telefone 0800-7019656, é possível checar se a empresa está regular. O próximo passo é pegar o contrato a ser assinado e conferir com a ANS se o documento está registrado na agência reguladora.

Todos os contratos precisam ser registrados na agência. Outra dica é ligar para médicos e hospitais da rede referenciada para saber se a seguradora não faz a chamada glosa, deixando de pagar em dia procedimentos e insumos consumidos por clientes das seguradoras, às vezes dando calotes. Isso garante que unidades da rede referenciada não deixem de atender pela seguradora.

Fonte: O Dia



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