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27/07/2009 - Computação em nuvem exige plano de contingência

A discussão em torno do risco associado à computação em nuvem (do inglês, cloud computing) ainda está muito concentrada na questão da segurança da informação. Apesar disso, muita gente se esquece que dentro do componente risco é essencial discutir também planos de contingência, o que garante confiabilidade e a certeza de que os negócios não sofrerão grandes baques.

Esse tipo de gerenciamento, no entanto, é um pouco diferente das infraestruturas de tecnologias tradicionais. As grandes empresas ainda utilizam as jurássicas fitas de backup, muitas vezes sem dar o tratamento adequado para as informações. As médias, pequenas e micro empresas, na maioria das vezes, se valem de redundâncias simples, com apenas uma mídia de armazenamento.

Com as nuvens e a profissionalização das infraestruturas, a forma de criar contingência também deve mudar. Ela não envolve somente a disponibilidade de informações e aplicações essenciais para os negócios, mas a certeza de que sempre haverá um link adequado de comunicação entre a companhia e o fornecedor dos serviços.

Mas, antes de correr para seguir um passo-a-passo padrão de contingência, o profissional da área deve levar em conta que cada empresa tem suas próprias necessidades de níveis de serviço e atividades críticas.

A Camiseteria.com, do segmento de varejo eletrônico, é um exemplo de microempresa que aderiu aos serviços nas nuvens e criou uma estratégia de contingência adaptada às suas necessidades. A parte de sistemas, menos crítica, é desenvolvida internamente e depois passada à nuvem.

Os dados, mais críticos, residem nas nuvens, mas são replicados uma vez por dia para um servidor interno e para um dispositivo de armazenamento separado do servidor, afirma o sócio-diretor da Camiseteria, Fábio Seixas.

A estratégia está adaptada ao nível de riscos sofridos pelas empresas: perder dias de trabalho seria um grande prejuízo, mas realizar backups a cada hora ou cada 10 minutos demandaria um investimento em recursos e pessoas que não são justificados pela forma como a empresa opera.

Segundo o gerente de produtos da Locaweb, Fernando Zangrande, o data center também tem seus próprios planos de contingência para complementar as medidas tomadas pelos clientes, mas eles são adaptáveis de acordo com o nível de serviço esperado pelo usuário.

Uma empresa, como a Camiseteria, por exemplo, pode contratar serviços do modelo padrão, com redundância simples, em dois servidores e dois locais físicos para armazenar os dados. A empresa, no entanto, tem clientes como bancos, que precisam de uma eficiência muito maior na guarda dos dados. Para clientes com necessidades muito críticas de armazenamento, chegamos a realizar redundância tripla, com dados armazenados em três locais lógicos e dois físicos, diz.

O link de comunicação também deve ser incluído na estratégia, dependendo das opções que a empresa tem na região em que está localizada. A Camiseteria já passou pela situação de ficar sem internet, mas contornou o problema com uma conexão 3G. É o suficiente para garantir a continuidade das atividades. Em ambientes críticos, não precisamos de grande largura de banda, afirma.

Já empresas maiores, que não podem se dar ao luxo de perder velocidade de tráfego, precisam contar com dois links da mesma capacidade: um ativo e um passivo, de forma que o segundo seja acionado somente em caso de necessidade.

O analista da TGT Consult Pedro Bicudo, também defende a elaboração cuidadosa do plano, mas ressalta que, antes das nuvens, a contingência já era um aspecto muito negligenciado pelas empresas, cuja falta já causou até falência de corporações. As pessoas têm medo do desconhecido, mas o fato é que guardar os dados nas nuvens, em fornecedores profissionais de infraestrutura, é mais seguro do que manter tudo em casa, diz.

Fonte: COMPUTERWORLD



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