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02/09/2008 - O Chrome, navegador do Google, supera os concorrentes Internet Explorer e Firefox?

O Globo Online

RIO - O Chrome, o navegador do Google lançado com enorme alvoroço nesta terça-feira , vale mesmo a pena? O GLOBO ONLINE instalou o programa e o usou por cerca de uma hora e meia, para testar as novidades prometidas pela empresa de Mountain View. Se por um lado o browser traz novidades interessantes e muito potencial, por outro ainda precisa aparar algumas arestas, até por ser uma versão Beta (de testes).

O desenho do navegador é simples e feinho, bem no estilo Google. Eles sumiram com boa parte das barras e botões que aparecem nos outros browsers, aumentando muito o espaço de navegação (o visual lembra muito um Firefox ou IE quando se aperta a tecla F11). Os botões de opções são apenas dois, um para configurações gerais e outro para a página onde você está no momento.
Quando você abre o browser tem a opção de importar o histórico, favoritos e senhas gravadas do Firefox, navegador usado para baixar o programa. Ele tem ainda a elegância de perguntar se você quer manter o Google como mecanismo de busca padrão ou não.

Cada aba funciona como um processo independente

A página inicial do Chrome é bastante prática. Ela mostra imagens dos nove sites que o usuário costuma visitar com mais frequência, além das ferramentas de busca favoritas e os mais recentes bookmarks adicionados e sites visitados nas abas que foram fechadas. A última função é especialmente útil quando uma página que estava sendo acessada trava, o site fecha e você não lembra o endereço. O destaque vai para o Gerenciador de Tarefas (sob o menu "Desenvolvedor"). Ele permite o monitoramento da memória usada por cada aba e, no caso de uma travamento, que apenas ela seja fechada.

O mesmo raciocínio funciona para os plugins. Se o Javascript ou Flash de um site começar a ratear, basta cancelar o processo e continuar navegando. Para voltar a ver a página integralmente, é só clicar em Atualizar (F5).

Uma mudança com a qual os internautas podem demorar a se acostumar é a nova barra de endereços, unificada com a caixa de buscas num novo espaço chamado de Omnibox. Ali podem ser acessados sites tanto pelo endereço quanto por uma busca pelo seu mecanismo favorito.

Dificuldades para organizar os Favoritos

A Omnibox, no entanto, traz uma funcionalidade interessante. Quando você visita o You Tube, por exemplo, o programa "captura" a caixa de procura. Da próxima vez que quiser buscar algum vídeo no site, basta digitar youtube, a tecla ALT e o termo que você quiser buscar. Digamos... Roberto Carlos. O navegador abrirá automaticamente a página com os resultados que você procura.
Para se encontrar termos dentro de um documento o Chrome é bastante prático. Ele aponta todas as palavras de uma só vez na tela e ainda dá o número total de aparições.

Os dinossauros que ainda usam Favoritos no browser terão dificuldades de se acostumar com a forma como o navegador lida com os bookmarks. A ferramenta não é simples de usar, mas talvez eles já estejam apostando num futuro em que todo mundo vai ter seus favoritos online, em sites como o Delicious.

As abas são totalmente independentes entre si e podem ser arrastadas tanto dentro do browser quanto para fora dele, abrindo uma nova janela. Assim como a versão de teste do IE 8, ele destaca o endereço principal do site onde você está, o que evita que se passeie por sites falsos.

Outra característica apresentada no Chrome que já tinha aparecido no IE é a navegação privada. O que a Microsoft chama de InPrivate, no Chrome responde pelo nome de Incognito. Na prática, funcionam da mesma forma. Abre-se uma aba onde nenhum dos dados de navegação fica gravado no computador do usuário. Dessa vez a Mozilla ficou para trás.

Chrome tem potencial, mas precisa aparar arestas

O Chrome é até agora o browser que funciona de forma mais integrada com o desktop. É possível, por exemplo, transformar qualquer site num "aplicativo", criando um atalho na área de trabalho, no menu iniciar ou na barra de inicialização rápida. Clicando-se no atalho, ele abrirá com uma "cara" diferente do browser, sem as barras de navegação ou favoritos.

Durante o teste, é preciso dizer, o browser travou algumas vezes, deixando a navegação bastante lenta. O teste foi feito com uma janela do Firefox aberta ao lado, e no browser da Mozilla os problemas de lentidão não foram percebidos.

Apesar do Chrome ter algumas novidades interessantes, ainda precisa amadurecer bastante para entrar de fato na briga. Convencer os usuários do Internet Explorer a usar um navegador que não seja o padrão do Windows é tarefa complicada, como bem sabem os evangelistas do Firefox. E o browser do Google ainda não tem a praticidade, leveza (nem os plug-ins!) do Firefox.

Vamos esperar então que ele deixe de ser um beta antes do Gmail, que até hoje, anos depois do lançamento, segue oficialmente como versão de testes...



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